Fazendinha

A brincadeira já começa com a construção da fazenda, o próprio ato de construir já se torna a brincadeira em si: existe uma auto-organização que percebemos já preestabelecida no grupo: as meninas preparam o almoço na fazenda e os meninos constroem o curral, percebemos que essa brincadeira é recorrente no grupo.

Enquanto preparam o almoço, as meninas conversam reproduzindo as falas dos adultos quanto à escolha do que vai ser cozido, e ao mesmo tempo se referem aos ingredientes que serão representados pelo que encontram no quintal: o isopor será o arroz, as folhas das árvores que ficam no entorno da casa são os temperos, a carne é imaginada e não tem representação de objeto físico.

Enquanto a produção do almoço avança, as meninas se preocupam em começar a chamar os meninos para almoçar. No primeiro momento os meninos se negam a participar da atividade das meninas, mas depois de alguma insistência por parte das garotas, os meninos concordam em fazer de conta que estão almoçando.

Os meninos se encarregam de construir o curral: fazem buracos no chão para fixar as estacas e galhos e a cerca é feita de pedaços de arame e faixas de tecido. Todo o material utilizado é encontrado no quintal da casa.

Os meninos tentam laçar uma cachorra que acaba rosnando e latindo, eles saem correndo, sorrindo e gritando que a ‘vaca está braba’, num misto de medo e alegria.

Imediatamente uma das meninas vem e acalma o animal, conseguindo amarrá-la.

Os animais que vão ficar no curral construído pelos meninos são os cachorros, que se deixam ser amarrados e também não se negam a acompanhar as crianças, atendendo as suas vontades, colaborando com a brincadeira.

 

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